Fernanda Guedes, Galeria Pop & Cia

Sexta-feira, sexta-feira, que maravilha!!!!! Não tem facul (*apesar de ser presbiteriana) ... o papa é pop!
o dia está relativamente sussa no trabalho, estão vamos os post...fiz algumas descobertas bárbaras e vou compartilhar!!
Estava buscando o endereço da exposição da Fernanda Guedes (*A ilustradora autodidata Fernanda Guedes faz sua primeira exposição individual na Pop, dia 12 de maio. A mostra Faces: Ilustres Desconhecidos ou Celebridades Instantâneas? apresenta 112 portraits em p/b inspirados em pessoas que aparecem em blogs de festas, moda e estilo do mundo inteiro.... o site é este aqui)



Voltando a galeria pop, encontrei o site!! Fantástico, é um lugar recente, começaram o ano passado, mas conceitualmente falando, fantástico!

*A Pop existe desde março de 2006. Aqui funciona, além de uma galeria, uma livraria especializada em artes visuais, cultura pop e underground. Pioneira na apresentação do movimento Toy Art no Brasil, conta também com uma criteriosa seleção de designer toys e objetos inusitados. Nossa proposta é estimular mentes criativas através das exposições, dos livros, objetos e eventos. Foi criada por Roger Bassetto e Mônica Fragoso. Bassetto colocou toda sua experiência como diretor de arte, artista e dependente químico de livros a serviço do público da Pop. "Acabei virando também um curador de livros, já que escolho meu acervo como quem pensa no conceito de uma exposição."Mônica Fragoso trabalhou na MTV, HBO e TV Globo. Depois de um período atuando com planejamento em internet, assumiu a administração da Pop. "Sobretudo, a Pop não é hermética, somos um espaço de arte informal, eclético e tolerante com todas as manifestações visuais".Em dezembro de 2006 a Pop inaugurou uma segunda unidade, na Escola São Paulo. Uma iniciativa inovadora na área de educação no Brasil, dedicada a reflexão, conhecimento e produção de cultura contemporânea.
Fuçando no site, encontrei o fundador, Roger Basseto, que tem um site pessoal mto bacana...com trabalhos magníficos!. A biografia é super divertida, feita ano a ano pelos livros que ele leu!

Biografia através dos livros (pelo artista)

Nada me influenciou tanto quanto os livros. A TV talvez chegue perto, mas os livros me fizeram sonhar, viajar, mudaram minha vida. Das milhares de publicações que passaram pelas minhas mãos ao longo do tempo, selecionei algumas que considero importantes para contar a minha história. Tive tantos bons momentos lendo, mas principalmente encontrando livros maravilhosos e improváveis, que agora estendo esta experiência para mais pessoas. Minha livraria, a LIVRARIA POP está de portas abertas para a arte e para a curiosidade desde o dia 23 de março de 2006.

1964-1973 (Manual do Tio Patinhas)Minhas primeiras lembranças, antes de saber ler, são a revista Recreio ("leia e pinte, recorte e brinque") e as revistas de super-heróis, que coleciono atraído pelas capas coloridas e pelo papel brilhante. Depois passo a ler tudo que sai da Disney, Maurício de Souza, Hanna-Barbera e os quadrinhos da Rio Gráfica Editora (Recruta Zero, Bolota).

1974 (Revista MAD nº 1)Embora não seja livro, a Revista Mad que ganho do meu pai abre meus horizontes gráficos e humorísticos.

1975 (Viagem ao Mundo Desconhecido, Francisco Marins)A primeira viagem ao redor do mundo, do Fernão de Magalhães.Nunca mais esqueci este livro.

1979 (Encyclopedia of World War II, ed. John Keegan)No momento em que cresce o meu interesse pela Segunda Guerra, compro esta enciclopédia. Quando chego em casa, mostro e digo quanto custou, minha mãe manda devolver. Tenho este livro até hoje.

1980 (Sugar Blues, William Duffy)A leitura deste livro extremado, que fala dos malefícios do consumo do açúcar, desencadeia a primeira grande revolução na minha vida. Percebo que é possível ter outros pontos de vista, ser diferente, ter participação política, mudar as coisas. Nunca mais fui o mesmo.

1981 (Eletricidade Básica, Van Valkenburgh, Nooger & Neville, inc.)No colegial, opto pelo curso técnico em eletrônica, que é muito útil. Vejo que é exatamente o que eu não quero fazer na vida.

1982 (Herb Lubalin, Gertrude Snyder & Alan Peckolick)Começo a trabalhar em agências de publicidade como paste-up (profissão extinta)e assistente de arte. Herb Lubalin foi o primeiro dos grandes nomes que me chamam a atenção.

1983 (Guia Completo de Corrida, James F. Fixx)Dou minhas primeiras passadas na corrida, e este clássico do James Fixx é minha base para as futuras maratonas (1996 e 1999) e outras provas que viria a participar.

1984 Carlos Zéfiro, que maravilha.

1985 (Cem dias entre céu e mar, Amyr Klink)Termino a Faculdade de Comunicação na Escola Superior de Propaganda e Marketing.Sinto um vazio oceânico.

1986 (Desenhando com o lado direito do cérebro, Betty Edwards)Tenho minha melhor experiência com o desenho até então. Mesmo com esta capa medonha, fiz todos os exercícios deste livro que considero um marco, importante até hoje.

1987 (Lateral Thinking, Edward De Bono)Em busca do conhecimento que não encontrei na faculdade, vou morar em Londres, decidido a estudar arte e design gráfico. Encontro novas formas de pensar. Faço estágio na criação de duas agências de publicidade, Mc Cann Erickson e FCB. Faço minhas primeiras descobertas fotográficas.

1988 (The Falklands War - A Visual Diary, Linda Kitson The official war artist)Estudo na St. Martin´s School of Art. Na mesma rua tinham três livrarias, a Dillon´s, sobre arte, a Stanford´s especializada em viagens e mapas, e a livraria da Photographer´s Gallery, uma das melhores no assunto. Fora os Pubs. E ainda viajo pela Europa. Tinha 24 anos, que ano bom.

1989 (Concepts of Modern Art, Ed. Nikos Stangos)Tenho aulas de desenho com modelo vivo, estudo história da arte na Tate Gallery. Neste ano tenho convicção que aprendi a desenhar. Hoje acho que ainda não sei.

1990 (Partido Verde - Propostas de Ecologia Política, Fernando Gabeira e vários autores)Os anos na Europa são muito marcantes artística e politicamente. Na minha volta ao Brasil, passo a colaborar com o Partido Verde e a trabalhar como Diretor de Arte.

1991 (A Incrível Viagem de Schackleton, Alfred Lansing)Conheço a cidade de Nova York e a incrível viagem de Shackleton.As duas nunca mais saíram de mim.

1992 (Milton Glaser Graphic Design)Entre 1992 e 1993 moro seis meses em Nova York. Estudo na School of Visual Arts aonde tenho aulas com os artistas gráficos / ilustradores Milton Glaser e Paul Davis. Glaser foi uma das pessoas que mais me influenciaram e cujas idéias mais enriqueceram a minha vida.

1993 Duas exposições memoráveis e avassaladoras marcam este ano: Matisse no MOMA e Basquiat no Whitney. Faço minhas primeiras pinturas sobre tela em formato maior.

1994 (Maus I e II, Art Spiegelman)A melhor coisa que apareceu no gênero. Aqui os quadrinhos adquirem status de arte e literatura.

1995 (Travels with Rosinante, Bernard Magnoloux)Sinto uma urgência de fazer algo "significante" na vida, como largar o emprego e viajar de bicicleta até o Alasca. Neste livro, Bernard Magnoloux conta suas histórias ao redor do mundo. Serviu como um guia espiritual.

1996 (The Brendan Voyage, Tim Sverim)Não vou para o Alasca (vou no ano 2000) e nem largo o emprego ainda, mas faço uma viagem de bicicleta pela costa atlântica da Irlanda. Lá descubro fortes indícios de que a América fora descoberta mil anos antes de Colombo por um irlandês, Saint Brendan. Tá tudo neste livro.

1997 (Millôr Definitivo - A Bíblia do Caos)Meu filho Victor nasce em abril. Segundo o Millôr, só existe uma coisa mais desamparada que um recém-nascido: é um recém-pai.

1998 (Lonely Planet East Africa)Viagem para a Tanzânia e Quênia. Escalo o monte Kilimanjaro, com 5.900m. Me sinto mais feliz que o Johnny Quest.

1999 (Gonzo, The Art, Ralph Steadman)Como o mundo acabaria no ano seguinte, vivo intensamente.Ralph Steadman é meu guia, a melhor coisa do fim do século.

2000 (Peter Beard Fifty Years of Portraits)Outra exposição memorável: Peter Beard.Primeira tentativa de trabalhar como artista em tempo integral. Estudo pintura por três meses Na School of Visual Arts em Nova York. Vou para o Alasca, aonde viajo de bicicleta por dez dias. Na volta ao Brasil faço minha primeira exposição.

2001 (São Paulo na linha, Carla Caffé)Como consequência desta exposição, recebo um convite pioneiro para trabalhar como artista dentro de uma agência de publicidade (Lowe). No ano seguinte faço minha segunda exposição, nesta mesma agência. Para minha enorme satisfação publicam o trabalho da Carla Caffé em livro.

2002 (Letters from America, Edward Fella)Experimentação, espontaneidade, acaso. Bem o que estou buscando.Segunda tentativa de trabalhar como artista em tempo integral. Exposição coletiva na Casa das Rosas.

2003 (The Long Walk, Slavomir Rawicz)Este livro relata a história verídica de uma fuga a pé, de um campo de prisioneiros na Sibéria até a Índia. Absolutamente tocante. Neste ano faço quatro exposições e percebo que o caminho do artista é longo e difícil.

2004 (Sensacional de Diseño Mexicano)Minha filha Roberta nasce em abril. Passo a alternar o trabalho de artista com o de Diretor de Arte. Viajo ao México, a trabalho.

2005 Segundo Robert Crumb, "Arte" é uma farsa, uma armação perpetuada pelos chamados "Artistas" nos seus pedestais e por "Críticos" decadentes que pensam que o mundo lhes deve o sustento.Continuo buscando as minhas respostas
Até a próxima!

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